Um dia depois de ser alvo da Operação Caixa Preta, que investiga supostos crimes eleitorais em Roraima, o presidente da CBF, Samir Xaud, obteve uma liminar do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) que o afasta temporariamente das investigações.
Na última quarta-feira, agentes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão na sede da CBF e na residência de Xaud. Segundo a entidade, nenhum material foi apreendido. A investigação apura indícios de compra de votos durante as eleições municipais de Boa Vista em 2024.
Em nota divulgada nesta quinta-feira, o dirigente negou envolvimento e disse manter a tranquilidade:
“Sei de onde eu vim, sei quem eu sou e mantive a tranquilidade nos últimos dias, apesar da injustiça cometida e da grave exposição negativa da minha imagem. Seguirei trabalhando com foco, fé e honestidade em prol do futebol brasileiro.“
O inquérito da PF tem como principais investigados a deputada federal Helena Lima (MDB-RR) e seu marido, o empresário Renildo Lima, preso no ano passado com R$ 500 mil em espécie. Xaud, suplente de Helena e integrante do mesmo grupo político, entrou na mira da investigação após ser citado em uma conversa entre Renildo e um candidato a vereador.
Apesar de o Ministério Público Eleitoral ter considerado que não havia “elementos concretos” para busca e apreensão ou bloqueio de bens contra Xaud, a Justiça inicialmente autorizou as medidas solicitadas pela PF. Com a nova decisão, o cartola se mantém livre de sanções enquanto o processo segue em análise.