O Brasil entrou de vez na briga para ser o palco da próxima edição da Copa do Mundo de Clubes, marcada para 2029. Em uma conversa recente com a cúpula da Fifa, o presidente da CBF, Samir Xaud, expressou oficialmente o desejo de trazer o torneio para o solo brasileiro — e recebeu sinal verde para começar a sonhar alto.
A informação foi revelada pelo jornal O Globo e indica que o presidente da Fifa, Gianni Infantino, e o secretário-geral Mattias Grafström reagiram com entusiasmo à proposta brasileira.
“Tudo começou com uma conversa de apresentação. Falei dos meus objetivos à frente da CBF e disse que queremos estar mais próximos da Fifa. Elogiei o evento e o nível dos clubes brasileiros e, por fim, coloquei o país à disposição para receber a próxima Copa do Mundo. Ele ficou muito feliz, disse que é totalmente possível. Agora vamos trabalhar para que dê certo. Vai ser um golaço”, afirmou Xaud.
Clube, torcida e estrutura: os trunfos do Brasil
Um dos principais combustíveis para o interesse da CBF é a grande receptividade do público com a atual edição do Mundial, que conta com quatro representantes brasileiros — Flamengo, Fluminense, Botafogo e Palmeiras — todos fazendo campanhas sólidas. A paixão nacional pelo futebol, aliada à infraestrutura já existente, especialmente dos estádios utilizados na Copa de 2014, são vistos como diferenciais importantes.
Embora a candidatura ainda não tenha sido oficializada, a empolgação interna e o aval inicial da Fifa deixam o Brasil em boa posição para avançar no processo.
Mas a disputa promete ser dura
Apesar do entusiasmo da entidade brasileira, o caminho até a confirmação da sede não será simples. Vários países também estão de olho no Mundial de Clubes de 2029.
Marrocos, Espanha e Portugal — que já serão anfitriões da Copa do Mundo de seleções em 2030 — demonstraram interesse em sediar o torneio de clubes como parte de um ciclo de eventos de alto nível.
A atual sede, os Estados Unidos, pode entrar novamente na disputa, incentivada pelos bons resultados comerciais do torneio e pelo interesse dos patrocinadores. A Austrália também apresentou sua intenção de entrar na briga, o que amplia ainda mais o leque de concorrentes.