Classificação garantida, defesa sólida e mais um jogo sem sofrer gols. O segundo compromisso de Carlo Ancelotti no comando da Seleção Brasileira terminou com uma vitória por 1 a 0 sobre o Paraguai, nesta terça-feira (10), e com o passaporte carimbado para a Copa do Mundo de 2026. Na entrevista coletiva após a partida, o técnico italiano celebrou o desempenho da equipe, especialmente a postura defensiva.
“Foi um bom jogo, muito bom. O primeiro tempo foi excelente, controlamos bem, sofremos pouco. O Paraguai é uma equipe sólida, e mesmo assim tivemos tranquilidade. Diminuímos o ritmo no segundo tempo, mas conseguimos segurar o resultado. Era muito importante garantir a vaga com esses dois jogos, e fizemos isso com uma atuação segura”, avaliou Ancelotti, com seu tradicional tom sereno.
Ancelotti também fez questão de elogiar a atuação do setor defensivo e o esforço coletivo da equipe para manter a consistência.
“Sou italiano, valorizo muito o trabalho defensivo. Casemiro e Bruno Guimarães fizeram um esforço extraordinário. Não sofremos gols em dois jogos, e isso é fruto de uma equipe que trabalha junta. Estou muito contente por isso.”
Sobre a escolha por Gabriel Martinelli, que foi titular ao lado de Vinicius Júnior, o técnico explicou que buscava uma dose extra de energia ofensiva, mas com inteligência tática.
“Martinelli tem uma movimentação muito boa. Ele, Vini e Cunha se alternavam, trocavam posições. Isso nos ajudou muito a controlar o jogo, especialmente na construção ofensiva.”
Outros destaques da coletiva de Ancelotti:
Intensidade como pilar
“O futebol moderno exige intensidade, com ou sem a bola. Pressionar, correr, se sacrificar. Foi o que fizemos. Contra o Equador mostramos outra versão, hoje queríamos um jogo mais físico. Pressão é essencial.”
Planos para o futuro
“Primeiro, férias! Nem me lembro quando foi meu último dia de descanso. Depois, verei a Copa do Mundo de Clubes e analisarei jogadores. Tenho uma lista com cerca de 70 nomes. Ninguém está descartado, e essa convocação me agradou muito.”
Seleção para o Brasil inteiro
“É importante que o Brasil jogue em diferentes estados. Isso fortalece a conexão com o povo. Precisamos de um país apaixonado para o Mundial, e isso começa agora.”
Sistemas táticos
“Podemos usar o 4-2-3-1, o 4-3-3… depende dos jogadores. Hoje usamos Cunha mais por fora, e funcionou bem com Vini, Raphinha e Martinelli. Temos variações possíveis com pontas rápidos e meio-campo técnico.”
Vinicius Júnior como protagonista
“Claro que ele pode ser protagonista. Ele tem talento, gosta da Seleção e hoje jogou muito bem. Vai crescer ainda mais. Vejo ele com todas as condições de liderar esse time.”
Com a classificação assegurada, Ancelotti agora terá tempo para moldar sua Seleção. O Brasil volta a campo apenas em setembro, contra o Chile, na penúltima rodada das Eliminatórias. Até lá, o comandante aproveitará para descansar — e observar com atenção os próximos nomes que podem embarcar rumo à Copa.
