O Corinthians enfrenta uma crise financeira que estourou nas mãos da diretoria: o clube recebeu um transfer ban da FIFA por não quitar uma dívida referente à compra do zagueiro Félix Torres junto ao Santos Laguna, do México. O valor inicialmente cobrado era de R$ 33,4 milhões, mas os juros de 18% ao ano elevaram a dívida para R$ 40 milhões — montante que o Timão hoje não tem em caixa.
Segundo o presidente Osmar Stabile, o clube vem tentando evitar o bloqueio com uma série de propostas de parcelamento, mas o Santos Laguna tem resistido. “Fizemos mais de três propostas. A última foi de 70% à vista, mas o Santos Laguna quer 90%”, explicou Stabile em entrevista ao Ge. “Estamos tentando intermediar isso com a própria FIFA, porque eles se recusaram a negociar diretamente conosco.”
A primeira condenação da FIFA veio em maio de 2024, e desde então o Corinthians tenta contornar a situação nos bastidores. O clube afirma que até procurou o escritório que representa o Santos Laguna para pedir um novo diálogo, mas esbarrou na resistência dos mexicanos, que alegam tentativas frustradas de negociação anteriores.
“O problema hoje está nas mãos da FIFA. Se ela entender que devemos pagar tudo, teremos que correr atrás do dinheiro e quitar a dívida. Estamos trabalhando em três frentes para levantar os recursos. Todo mundo fala em R$ 33 milhões, mas o valor real passa de R$ 40 milhões, considerando os juros e impostos sobre a operação”, completou o presidente.
O cenário é ainda mais delicado porque o transfer ban impede o Corinthians de registrar novos reforços nesta janela de transferências, que se encerra já na próxima segunda-feira (1º).