O atual técnico da Seleção Brasileira e ex-comandante do Real Madrid, Carlo Ancelotti, soltou o verbo sobre o ritmo frenético do futebol moderno. Em entrevista ao jornal italiano Il Giornale, o experiente treinador de 66 anos criticou duramente o atual calendário das competições, organizado por entidades como Fifa e Uefa.
“Jogamos demais e mal”, afirmou Ancelotti, em tom direto. “O futebol está mais analítico, mais intenso, mais rápido, mas a Fifa e a Uefa precisam rever os calendários. São muitos jogos, nem todos com qualidade, e as lesões estão se multiplicando.”
Com sua voz respeitada no mundo do futebol, Ancelotti sugeriu uma reforma estrutural nas principais ligas, defendendo a redução no número de clubes participantes: de 20 para 18.
“Isso evitaria confrontos de baixa qualidade e tornaria os gastos mais racionais. Mas, para isso, é preciso um acordo entre todas as partes. E até agora, ninguém chegou a um consenso.”
Futuro em aberto: permanência, novo desafio ou aposentadoria
Ao ser questionado sobre o que pretende fazer após a Copa do Mundo de 2026 — quando termina seu contrato com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) —, Ancelotti manteve a discrição, mas não descartou pendurar o apito:
“Continuo aqui (no Brasil), busco algo interessante ou paro.”
Convocação à vista
Enquanto o futuro ainda está em aberto, o presente chama: na próxima segunda-feira (25), às 15h30, Ancelotti anunciará a convocação da Seleção Brasileira para os dois últimos compromissos das Eliminatórias para a Copa de 2026.
Com vaga já garantida no Mundial, que será disputado nos Estados Unidos, México e Canadá, o Brasil enfrenta o Chile no dia 4 de setembro, no Maracanã, e encerra a campanha contra a Bolívia, fora de casa, no dia 9.
