Publicidade

Notícias

Vitória é condenado a pagar mais de R$ 5 milhões a Bruno Uvini, mas clube promete recorrer

O Vitória foi condenado a pagar mais de R$ 5 milhões ao zagueiro Bruno Uvini, após o jogador conseguir, na Justiça, a rescisão indireta de seu contrato de trabalho com o clube. A decisão foi assinada pelo juiz Alexei Malaquias de Almeida, da 15ª Vara do Trabalho de Salvador, e teve como base atrasos salariais, apontados como a principal causa da ruptura contratual.

Segundo o advogado de Uvini, João Henrique Chiminazzo, o valor atualizado da condenação já supera os R$ 5 milhões, considerando encargos e verbas rescisórias. O defensor atuou em apenas oito partidas com a camisa rubro-negra, antes de ser afastado do elenco comandado à época por Thiago Carpini.

Vitória rebate decisão e promete recorrer

Após a repercussão da sentença, o Esporte Clube Vitória divulgou nota oficial na qual manifesta discordância com a decisão judicial e afirma que irá recorrer às instâncias superiores:

“O Esporte Clube Vitória informa que teve ciência da decisão proferida nos autos da ação movida pelo atleta Bruno Uvini Bortolança, na qual se reconheceu a rescisão indireta do contrato de trabalho.

Respeitosamente, o Clube discorda do teor da decisão e informa que irá recorrer, por entender que diversos pontos relevantes e controvertidos do processo não foram devidamente analisados, o que compromete o alcance da verdade real e a aplicação correta do direito.

O Clube reforça que sempre garantiu ao atleta condições adequadas para o exercício de suas atividades, além de ter buscado soluções alternativas para a continuidade do vínculo, inclusive com propostas que visavam sua valorização no mercado.

A decisão não levou em consideração, por exemplo, a ausência de notificação prévia quanto a supostos atrasos e o princípio da boa-fé contratual, além de ignorar o requisito da imediatidade para o reconhecimento de eventual falta patronal, contrariando entendimentos pacificados nos tribunais.

O Esporte Clube Vitória reafirma seu compromisso com o cumprimento da legislação e dos contratos que celebra, e confia que as instâncias superiores irão reavaliar os elementos do processo com a devida profundidade e técnica jurídica.”

Entenda o caso

Bruno Uvini chegou ao Vitória no início de 2024 com status de reforço experiente, mas não conseguiu se firmar. Em maio, o presidente Fábio Mota chegou a negar, em entrevista ao jornal A Tarde, que houvesse atraso salarial, e afirmou que o zagueiro “simplesmente foi embora”.

Publicidade

Publicidade