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Morre José Maria Marin, ex-presidente da CBF, aos 93 anos

José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), faleceu na madrugada deste domingo (20), aos 93 anos, em São Paulo. O velório será realizado ainda hoje à tarde, reunindo familiares, amigos e figuras do esporte nacional para se despedirem de um dos dirigentes mais controversos do futebol brasileiro.

Marin esteve à frente da CBF entre 2012 e 2015, período em que o Brasil sediou a Copa do Mundo de 2014. Sua chegada à presidência se deu após a saída de Ricardo Teixeira, em meio a denúncias e pressão pública. Mas seu próprio mandato também não escapou de polêmicas e terminou de forma dramática, com prisão e condenação nos Estados Unidos por envolvimento em um dos maiores escândalos de corrupção do futebol mundial.

Política, futebol e escândalos

Antes de alcançar os holofotes no comando da CBF, José Maria Marin já tinha uma longa trajetória tanto no futebol quanto na política. Foi vereador, deputado estadual e até governador de São Paulo. No esporte, presidiu a Federação Paulista de Futebol antes de assumir o posto máximo da CBF.

Contudo, sua gestão à frente da entidade ficou marcada por mais do que apenas a organização da Copa. Em 2015, Marin foi preso na Suíça durante uma operação do FBI que investigava esquemas de corrupção na FIFA. Posteriormente, foi extraditado para os Estados Unidos, onde foi julgado e condenado por crimes como lavagem de dinheiro e fraude eletrônica.

Em 2020, foi liberado da prisão e retornou ao Brasil, beneficiado por questões de saúde e pela pandemia da Covid-19.

Medalha e constrangimento

Além do escândalo internacional, Marin também protagonizou um episódio inusitado e constrangedor: em 2012, durante a premiação da Copa São Paulo de Futebol Júnior, ele foi flagrado colocando no bolso, discretamente, uma medalha que deveria ser entregue a um jogador do Corinthians — gesto que causou repercussão negativa e virou meme nas redes sociais.

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