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Do amadorismo ao palco mundial: Auckland City é goleado pelo Bayern, mas encanta com histórias de superação e paixão pelo futebol

Na estreia da Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2025, o Auckland City levou uma dura goleada por 10 a 0 para o Bayern de Munique, mas a verdadeira vitória do clube da Nova Zelândia está fora dos gramados. Com um elenco formado por jogadores amadores que conciliam o futebol com profissões comuns, o time mostrou que, mesmo diante de gigantes bilionários, o amor ao esporte ainda fala mais alto.

Enquanto o Bayern chega ao torneio avaliado em impressionantes 903 milhões de euros (R$ 5,7 bilhões), o Auckland tem o elenco mais modesto da competição: apenas 4 milhões de euros (R$ 24 milhões). Ainda assim, o clube neozelandês é tetracampeão da Liga dos Campeões da Oceania e entrou em campo com uma história única para contar.

Profissões fora dos gramados

O Auckland City é um clube totalmente amador, sem orçamento fixo, sem salários e com diretoria voluntária. A maior parte dos jogadores tem empregos tradicionais e treina no contratempo da rotina. No time titular da estreia, por exemplo, havia:

  • Representante de vendas da Coca-Cola

  • Engenheiro assistente de obra

  • Professor em formação

  • Corretor de imóveis e seguros

  • Estoquista

  • Product Owner de logística

  • Personal trainer e estudante de educação física

  • Treinadores comunitários de futebol

O único atleta titular contra o Bayern que não exerce outra profissão é o lateral Nathan Lobo — e mesmo assim, ele não é profissional em tempo integral. Os jogadores recebem apenas um incentivo simbólico de 150 dólares neozelandeses por semana (cerca de R$ 504), com acesso a academia e estrutura básica de preparação física.

A escalação da superação

Conor Tracey (goleiro) – Estoquista
Regont Murati – Product Owner em empresa de logística
Nikko Boxall – Corretor de seguros
Michael De Heijer – Líder de equipe em ONG juvenil
Adam Mitchell – Corretor de imóveis
Nathan Lobo – Único exclusivamente jogador
Mario Ilich – Representante da Coca-Cola
Gerard Garriga – Treinador de futebol em academia
David Yoo – Treinador comunitário
Dylan Manickum – Engenheiro assistente
Myer Bevan – Estudante e personal trainer

Mais histórias do elenco

Outros nomes curiosos do grupo incluem:

  • Ryan De Vries, que trabalha como polidor de carros

  • Sebastián Ciganda, que é limpador de piscinas

  • Alfie Rogers, vendedor e representante de vendas

  • Tong Zhou, educador comunitário e mentor no King’s College

Uma goleada no placar, mas uma vitória no espírito esportivo

A partida terminou com o esperado placar elástico a favor do Bayern, mas o Auckland City conquistou algo que dinheiro não compra: respeito, empatia e admiração mundial.

Mesmo em meio à disparidade financeira e estrutural, o clube amador mostrou o verdadeiro valor do futebol: paixão, sacrifício e sonho. Eles não vivem do futebol — mas vivem pelo futebol.

E como disse certa vez um lendário técnico:
“Não importa o tamanho do adversário, importa o tamanho do seu coração.”

O Auckland volta a campo pela segunda rodada do Grupo C, enfrentando o Benfica no próximo jogo, em busca de uma nova página dessa inspiradora jornada.

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