Na véspera do duelo contra o Paraguai, válido pela 16ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo, o técnico Carlo Ancelotti concedeu coletiva de imprensa e demonstrou otimismo com o momento da Seleção Brasileira. A bola rola nesta terça-feira (10), às 21h45 (horário de Brasília), na Neo Química Arena, em São Paulo — e uma vitória pode selar a classificação do Brasil para o Mundial de 2026.
Ancelotti começou a entrevista confirmando o retorno do atacante Raphinha, que volta ao time titular após cumprir suspensão. “Raphinha volta, é uma boa notícia para nós porque ele mostrou na última temporada que é um dos melhores jogadores neste momento. Vai nos ajudar muito. Necessitamos jogar bem para nos aproximarmos da classificação”, afirmou o treinador, que completa 66 anos justamente no dia da partida. “Uma vitória seria o melhor presente que eu poderia ter amanhã”, disse com bom humor.
Gerson no radar, mesmo com possível ida à Rússia
Outro tema que dominou a conversa foi a possível transferência do volante Gerson para o Zenit, da Rússia. Ancelotti tratou o assunto com naturalidade e garantiu que uma mudança para um campeonato menos competitivo não eliminará o jogador das futuras convocações.
“Falei com ele. É uma decisão pessoal, que não afeta as decisões que tomaremos para o Mundial. Vamos avaliar a condição técnica e física dos jogadores, independentemente do campeonato onde atuem. Se for na Rússia, avaliaremos o futebol russo como qualquer outro”, explicou.
Torcida exigente, pressão e carinho pelo ambiente brasileiro
Ancelotti também falou sobre a pressão natural de comandar a Seleção mais vitoriosa do planeta — especialmente com a torcida paulista, conhecida por sua exigência. “Crítica é normal e faz parte do futebol, principalmente no Brasil, onde há tanta paixão pela Seleção. Vamos tentar fazer uma boa partida, com intensidade e um futebol ofensivo. O Paraguai é muito sólido, então será um jogo difícil, mas queremos fazer a torcida feliz”, pontuou.
Apesar da responsabilidade, o técnico italiano elogiou o clima dentro da equipe. “O ambiente é leve, sério e muito profissional. As instalações do Corinthians são espetaculares, e o vestiário tem uma atmosfera familiar, com boa conexão entre jogadores, comissão técnica e staff. Isso nos dá força para trabalhar com confiança.”
Primeira Copa como técnico e boas lembranças do passado
O italiano também se emocionou ao falar da Copa do Mundo que se aproxima. “Será minha primeira vez dirigindo uma seleção em um Mundial. Em 1986, 1990 e 1994 estive perto de alcançar o sucesso. Agora, quem sabe, podemos conquistar isso com o Brasil em 2026”, refletiu.
Ancelotti destacou que o grupo teve o tempo necessário para se preparar bem para o jogo e elogiou a disposição dos atletas. “Estamos prontos. Os treinos foram bons e intensos. A equipe está fresca e motivada. Temos todos os recursos para fazer uma boa partida amanhã.”
Cristiano Ronaldo, uma lenda viva
Por fim, em meio à descontração, Ancelotti comentou o título recente de Cristiano Ronaldo, seu ex-comandado no Real Madrid. “Muito feliz por ele. Cristiano é uma lenda viva, segue se superando com a idade que tem. Poderia jogar em qualquer clube ou seleção do mundo”, elogiou.