Um dia após ser formalmente indiciado pela Polícia Civil, o presidente do Corinthians, Augusto Melo, enfrentou os holofotes e, em uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (23), deixou claro: não pretende deixar o cargo. Em meio à crise, o mandatário se mostrou confiante e classificou as acusações como infundadas.
“Não vou renunciar, estou muito tranquilo. Isso não é manchar o Corinthians. Eles é que tentam manchar o clube, não eu”, disparou o dirigente, visivelmente indignado. “Tenho competência, represento uma marca forte e tenho trabalhado muito. Estou tranquilo, sou inocente e estou indignado com essa situação”, completou, reforçando a confiança na própria integridade.
Durante a entrevista, Melo afirmou também que apoia a continuidade das investigações, que já resultaram em um relatório parcial divulgado na última quinta-feira (22). “Sou um cara família, não tenho vícios, trabalho pelo Corinthians. Duvido que haja ali alguém como eu – talvez igual, mas mais, não tem. Renunciar não passa pela minha cabeça em hipótese alguma”, reiterou.
Ao lado de Augusto Melo durante toda a coletiva, o advogado Ricardo Cury reforçou a tese de inocência e criticou a falta de provas concretas no inquérito policial. “São 2.500 páginas e não há individualização da conduta do presidente. Do ponto de vista criminal, isso é essencial. Tudo não passa de ilações”, disse o defensor.
Cury garantiu que a defesa será aprofundada na próxima sessão do Conselho, marcada para segunda-feira, e pediu que o mandatário seja ouvido com serenidade. “Vamos usar todo o tempo necessário para sustentar a inocência do presidente. Ele é absolutamente inocente e merece ser escutado com atenção”, concluiu.
