Uma polêmica envolvendo suposto pedido intencional de cartão amarelo veio à tona após o empate em 1 a 1 entre Maringá e Botafogo-SP, no último domingo (18), pela Série C do Campeonato Brasileiro. O árbitro Carlos Tadeu Ferreira de Castro relatou em súmula que o delegado da partida, Fábio Henrique Gustalla Ferreira dos Santos, teria informado que um atleta do Maringá queria forçar uma advertência.
Segundo o documento oficial da partida, o diálogo teria ocorrido ainda no pré-jogo. O árbitro registrou que, durante a reunião de planejamento com sua equipe, o delegado se aproximou e teria dito:
“Um atleta que estará no banco de reservas do Maringá pediu para avisar que quer tomar cartão. Ele quer saber se precisa fazer algo ou não.”
O jogador citado seria o zagueiro Ronald, que estava pendurado com dois cartões amarelos. A intenção, segundo a arbitragem, seria “limpar” os cartões para partidas seguintes. A prática, no entanto, pode ser enquadrada como conduta antidesportiva, se for comprovada a intenção de manipular o sistema de punições.
Em resposta, tanto Ronald quanto o delegado negaram qualquer irregularidade. Eles alegam que o comentário foi um alerta informal de que o defensor estava lesionado e pendurado, e que talvez evitasse entrar em campo para não correr o risco de forçar uma suspensão desnecessária.